terça-feira, 18 de maio de 2010

Do Decassílabo.

Do começo fez-se a felicidade,
A rosa que florecia serena.
E da mesma fez-se a tranquilidade,
D'aquela alegria das coisas pequenas.

Coisas pequenas que sempre aumentam,
E que assim tantos querem vivenciar.
A tranquilidade que se finda,
A flor que morre, intransitível - como o Amar.

Alma minha por que se perdeste?
Por que tu deixaste o meu coração,
Que tão teu ainda chora demasiado
Enquanto lembra da nossa paixão?

Paixão nossa que findou sem final,
Final que viveu seu começo triste.
E tanto lembro do amor vivido,
Que sofro como tu mesma viste.


** Como nota, comento que nos dezesseis versos, quinze são decassílabos e um, o oitavo, é dodecassílabo. Se prestar-mos atenção, as duas métricas estão contidas no título do poema, direta ou indiretamente, tendo visto que "Do Decassílabo" quando falado, se iguala ao fonema da métrica com 12 sílabas.
Achei interessante.

4 comentários:

  1. Autoria de Gustavo Rufo Peres.. Ou seja.. Eu! Rs.. Todos os poemas aqui postos são de minha autoria.

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  2. Simplesmente lindo, e sôfrego...eu já vivi exatamente cada verso...e ainda posso sentir o perfume dela...

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  3. Meu amor, estava me lembrando de quando nos conhecemos e uma das primeiras coisas que me mostrou foram seus textos,talvez em uma tentativa de me conquistar(e não é que funcionou? haha)e resolvi dar uma passada por aqui.Lembro-me de ler os poemas e os admirar sem saber o contexto..Hoje os leio com outros olhos e sinto a tristeza em mim.Mas o passado pouco importa e você tem feito um presente maravilhoso..Que o future nos aguarde!Amo você!

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